José Sobral de Almada Negreiros GOSE foi um artista multidisciplinar português que se dedicou fundamentalmente às artes plásticas e à escrita, ocupando uma posição central na primeira geração de modernistas portugueses.
Almada Negreiros é uma figura ímpar no panorama artístico português do século XX. Essencialmente autodidata, a sua precocidade levou-o a dedicar-se desde muito jovem ao desenho de humor. Mas a notoriedade que adquiriu no início de carreira prende-se acima de tudo com a escrita, interventiva ou literária. Almada teve um papel particularmente ativo na primeira vanguarda modernista, com importante contribuição para a dinâmica do grupo ligado à Revista Orpheu, sendo a sua ação determinante para que essa publicação não se restringisse à área das letras. Aguerrido, polémico, assumiu um papel central na dinâmica do futurismo em Portugal: "Se à introversão de Fernando Pessoa se deve o heroísmo da realização solitária da grande obra que hoje se reconhece, ao ativismo de Almada deve-se a vibração espetacular do «futurismo» português e doutras oportunas intervenções públicas, em que era preciso dar a cara"
Book Excerpt:...Tanto melhor! Aproveita agora que tens a duvida dentro da tua cabeça, aproveita a sorte de têres a duvida dentro da tua cabeça. Não te cances de ter esta sorte!«Não tenhas mêdo de estares a ver a tua cabeça a ir directamente para a loucura, não tenhas mêdo! Deixa-a ir até á loucura! ajuda-a a ir até á loucura. Vae tu tambem pessoalmente, co'a tua cabeça até á loucura! Vem ler a loucura escripta na palma da tua mão. Fecha a tua mão, com força. Agarra bem a loucura dentro da tua mão!«Senão... se tens mêdo da duvida e te pões a fugir d'ella por môr da loucura que já está á vista, se não começas desde já a desbastar a fantasia que cresceu no logar marcado para ti, lá em baixo na terra; se não pretendes transformar essa fantasia em imaginação tranquilla e...
K4 O quadrado azul : de Almada Negreiros, José
Obra literária e plástica totalmente concebida por José de Almada Negreiros para celebrar e homenagear Orpheu e todos os seus amigos artistas que o fundaram em 1915. Com esta edição especial de tiragem única, a Ática - chancela integrada na Babel - celebra o centenário de Orpheu. «Trata-se da maquete de um livro de poeta-pintor que, pela sua própria fulguração material, é, de novo, o gesto de Orpheu. É também um livro que celebra um acto colectivo de artistas de poesia e de pintura, feita pelo mais representativo dos que ainda se mantêm, em 1965, vivos em corpo e alma. Livro-gesto sobre um grupo e uma poética que em Portugal se chamou Sensacionismo ou Futurismo, e correspondeu à revolução nas artes que explodia na Europa no mesmo momento. Orpheu 1915-1965 é uma cópia manuscrita que parece recuar à raiz da forma-livro, o códice, brincando com isso e indo mais longe, como a Vanguarda obriga.»
José de Almada Negreiros (1893-1970), uno de los creadores más plurales y personales de la cultura portuguesa del siglo XX fue pintor, escritor, dibujante, escenógrafo o bailarín, vivió en Madrid entre 1927 y 1932, periodo durante el cual estableció una extraordinaria red de relaciones con algunos de los nombres más importantes de la esfera cultural española, con Ramón Gómez de la Serna y Federico García Lorca a la cabeza. En aquellos años Almada colaboró, entre otras muchas, con cabeceras como La Gaceta Literaria, Revista de Occidente, Blanco y Negro, La Esfera, ABC o El Sol, al tiempo que decoraba el mítico cine San Carlos, preparaba la escenografía de Los medios seres de Ramón o realizaba los cuadros que componían la linterna mágica para La tragedia de doña Ajada del músico Salvador Bacarisse. Pocos escritores o artistas de otras latitudes, a lo largo del siglo XX, convivieron tanto y en sintonía tan armoniosa y fructífera con los autores españoles como el portugués Almada, como era conocido entre sus incontables amigos y seguidores madrileños.
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