Durante uma pausa dedicada à arte e ao pensamento vanguardista, os livros de José Almada Negreiros são uma escolha inspiradora para quem deseja explorar a modernidade cultural portuguesa através de uma escrita provocadora, visual e intelectualmente desafiante. Figura central do modernismo em Portugal, Almada Negreiros destacou-se não só como escritor, mas também como artista plástico, sendo a sua obra marcada por uma linguagem ousada, crítica e inovadora, que rompe com as convenções literárias da sua época. Os seus textos incluem manifestos, romances, poesia e ensaios, nos quais reflete sobre a identidade portuguesa, a arte, a política e o papel do criador na sociedade. A sua escrita combina humor mordaz, ritmo experimental e uma forte consciência estética, sendo muitas vezes complementada pelo seu trabalho visual. Ao escolher livros de José Almada Negreiros, é importante considerar o género literário pretendido, o enquadramento histórico e artístico da obra, bem como a edição disponível, privilegiando publicações que respeitem o grafismo original e incluam estudos introdutórios que ajudem a compreender o alcance da sua produção intelectual e artística.
Book Excerpt:...Tanto melhor! Aproveita agora que tens a duvida dentro da tua cabeça, aproveita a sorte de têres a duvida dentro da tua cabeça. Não te cances de ter esta sorte!«Não tenhas mêdo de estares a ver a tua cabeça a ir directamente para a loucura, não tenhas mêdo! Deixa-a ir até á loucura! ajuda-a a ir até á loucura. Vae tu tambem pessoalmente, co'a tua cabeça até á loucura! Vem ler a loucura escripta na palma da tua mão. Fecha a tua mão, com força. Agarra bem a loucura dentro da tua mão!«Senão... se tens mêdo da duvida e te pões a fugir d'ella por môr da loucura que já está á vista, se não começas desde já a desbastar a fantasia que cresceu no logar marcado para ti, lá em baixo na terra; se não pretendes transformar essa fantasia em imaginação tranquilla e...
K4 O quadrado azul : de Almada Negreiros, José
Obra literária e plástica totalmente concebida por José de Almada Negreiros para celebrar e homenagear Orpheu e todos os seus amigos artistas que o fundaram em 1915. Com esta edição especial de tiragem única, a Ática - chancela integrada na Babel - celebra o centenário de Orpheu. «Trata-se da maquete de um livro de poeta-pintor que, pela sua própria fulguração material, é, de novo, o gesto de Orpheu. É também um livro que celebra um acto colectivo de artistas de poesia e de pintura, feita pelo mais representativo dos que ainda se mantêm, em 1965, vivos em corpo e alma. Livro-gesto sobre um grupo e uma poética que em Portugal se chamou Sensacionismo ou Futurismo, e correspondeu à revolução nas artes que explodia na Europa no mesmo momento. Orpheu 1915-1965 é uma cópia manuscrita que parece recuar à raiz da forma-livro, o códice, brincando com isso e indo mais longe, como a Vanguarda obriga.»
José de Almada Negreiros (1893-1970), uno de los creadores más plurales y personales de la cultura portuguesa del siglo XX fue pintor, escritor, dibujante, escenógrafo o bailarín, vivió en Madrid entre 1927 y 1932, periodo durante el cual estableció una extraordinaria red de relaciones con algunos de los nombres más importantes de la esfera cultural española, con Ramón Gómez de la Serna y Federico García Lorca a la cabeza. En aquellos años Almada colaboró, entre otras muchas, con cabeceras como La Gaceta Literaria, Revista de Occidente, Blanco y Negro, La Esfera, ABC o El Sol, al tiempo que decoraba el mítico cine San Carlos, preparaba la escenografía de Los medios seres de Ramón o realizaba los cuadros que componían la linterna mágica para La tragedia de doña Ajada del músico Salvador Bacarisse. Pocos escritores o artistas de otras latitudes, a lo largo del siglo XX, convivieron tanto y en sintonía tan armoniosa y fructífera con los autores españoles como el portugués Almada, como era conocido entre sus incontables amigos y seguidores madrileños.
Este livro foi publicado originalmente antes de 1923 e representa a reprodução de uma importante obra histórica, mantendo o mesmo formato da obra original. Embora alguns editores tenham optado por aplicar a tecnologia OCR (reconhecimento óptico de caracteres) ao processo, acreditamos que isso leva a resultados abaixo do ideal (erros tipográficos frequentes, caracteres estranhos e formatação confusa) e não preserva adequadamente o caráter histórico do artefato original . Acreditamos que este trabalho é culturalmente importante em sua forma de arquivo original. Embora nos esforcemos para limpar adequadamente e aprimorar digitalmente o trabalho original, ocasionalmente existem casos em que imperfeições como páginas desfocadas ou ausentes, imagens de baixa qualidade ou marcas erradas podem ter sido introduzidas devido à qualidade do trabalho original ou ao próprio processo de digitalização. Apesar dessas imperfeições ocasionais, nós o trouxemos de volta à impressão como parte de nosso compromisso global contínuo com a preservação de livros, fornecendo aos clientes acesso às melhores reimpressões históricas possíveis. Agradecemos sua compreensão dessas imperfeições ocasionais e sinceramente esperamos que você goste de ver o livro em um formato o mais próximo possível daquele pretendido pelo editor original.